Deixo as mãos vaguearem pelo teclado, enquanto recordo dos bons momentos que passei ao teu lado, foram fluxos de uma paixão forte, intensa e quente, do vento do Guincho ao cabo da Roca, passando pela costa vicentina ate um quarto com vista para um saguão. Entre dias de chuva e de sol perdemos por uns tempos a realidade, acreditei numa ilusão, eu sim, mas tu não…
Várias vezes partimos sem destino e sem olhar para trás, parecia um expresso de emoções ou se calhar eram apenas ondas de pura ficção. Seguimos em frente e o Mundo ficava deprimido, sei que dói e se calhar a mim ate me dói mais.
O fogo ladeava a estrada, continuamos ate ao nosso destino, fiquei sem travões, para pararmos as nossas alucinações, que se sobreponham entre discussões sem nexo, eram indicio que o fim estava a chegar. Ficou no ar o teu cheiro, o teu ultimo olhar e a frieza das tuas palavras e assim chegou ao fim a ultima cena desta curta-metragem.
A conversa prolongou, entretanto o restaurante fechou, voamos ate ao Bairro e entre uns “shots” de absinto, revi amigos do liceu, que saudades que sinto, do tempo que já passou e do capitulo que já acabou!