"Não me vou esquecer de dar o recado, fique descansada que será entregue em boas mãos." Agarrei no envelope, que a Dona Fernanda tinha em cima do balcão e fui direito à estação, ainda faltavam alguns minutos ate o comboio chegar, pus as malas no chão e sentei-me num velho banco de madeira enquanto a guardava a velha máquina da CP que percorria as planícies a sul do Tejo. Aproveitei aquele momento para pensar no quanto soube bem este curto regresso a casa, o fim-de-semana prolongado, o feriado na 3ª vinha mesmo a calhar bem, apesar de adorar morar e estudar em Lisboa, as saudades de casa e da minha santa terrinha perdida algures no Alentejo estão sempre presentes, sabe bem o convívio com os amigos com os quais partilhei o liceu, rever antigos amores, para não falar da comida de casa que tem sempre outro sabor, alem de que poder sentir o silencio e o vento destas paragens é extremamente acolhedor. Adoro o contraste entre a calma de Vila Viçosa e a confusão da cid