Na idade da imperial, tudo sabe bem e nada faz mal, ou quase nada, erradamente isto é o que achamos na altura em que a vivemos ate ao dia em que com o acumular de diversas experiências de vida incluindo alguns erros próprios da idade mudamos de fase e entramos na idade do “whisky”-cola onde a responsabilidade é sentida mas nem sempre vivida, anos mais tarde entramos na idade do “whisky” com gelo e se tudo correr bem um dia lá chegaremos à idade do cálice de vinho do porto onde uma pequena quantidade desse liquido de Baco irá ser a companhia ideal para uma conversa entre amigos ou uma sentida reflexão sobre a vida.
Mas voltando à espectacular mas não menos perigosa e inconsciente idade da imperial onde damos os últimos passos no liceu ou os primeiros na faculdade, conciliando amigos/as de diversas faunas afastando-nos sem dar conta de uns, fazendo novas amizades e ás vezes quiçá (este vocábulo está a ganhar de dia para dia uma enorme popularidade, passando de desconhecido a “super-star”, um dia destes torna-se piroso…), reencontramos outras que o tempo fez questão de afastar. Fazemos os primeiros quilómetros de carro, apanhamos os primeiros sustos na estrada, partimos sem rota ou destino marcado na alegria e maluqueira de um grupo de amigos ou no prazer da namorada querendo apenas desfrutar o melhor que a vida tem para oferecer, a liberdade e a amizade.
Mas nem tudo são rosas e mesmo que sejam as vezes esquecemo-nos dos espinhos… Queremos viver antecipadamente aquilo que a seu tempo surgirá, mas nessas alturas nem apercebemo-nos disso, então trocamos a “t-shirt” pelo “blazer”, querendo perder uma das nossas melhores características enquanto seres humanos, a autenticidade, a seu tempo saberemos porquê, afinal não faz sentido acompanhar um “whisky”-com gelo com vulgaríssimo cigarro do português suave…
Há que ter em conta que é com os erros que aprendemos, dado que em certas situações os conselhos daqueles que gostam de nós de nada servem, porque a teimosia e o orgulho imperam numa mente ainda com muito para viver, nesses momentos da vida temos de ser nós aprender por nós próprios…
O gozo no fundo passa por não deixar antecipar nenhuma das idades e deixar o vento levar-nos nesse destino indefinido mas não menos divinal a que alguns deram o nome “sui-generis” de vida…
E agora que estou a chegar ao fim destas linhas, venha daí uma refrescante e saborosa loira! Desculpem! Imperial! Afinal não podemos esquecer dos que gostam das morenas…