O tempo passa a correr, os momentos sucedem-se, uns atrás dos outros, viaja-se entre o aeroporto da melancolia e a gare do sucesso e meia dúzia de recordações embrulhadas em papel colorido!
Passamos por uma serie de fases alternando olhares por entre um jogo de diversas intensidades de luz, com base numa importância relativa... encerramos relações e abrimos a janela em busca de um vento frio, arrefece as emoções. Um raio de sol de Inverno aquece o espírito e faz com que a vontade de continuar a caminhar seja cada vez maior...
Porém quando menos se espera percebemos que as palavras escritas sem sentido no passado, são os verbos do presente e os adjectivos do futuro. Abstraiu-me da realidade, fecho os olhos e sigo em frente, num eclipse da efervescência da desordem procuramos o equilíbrio numa época de instabilidades e incertezas, num trapézio sem rede entre ideias, sentimentos e pensamentos diversos, são as quimeras do dia a dia, os artefactos de uma boémia inerente ao tempo na qual a sociedade tenta iludir a presunção de que o "marketing" se apropriou da religião e as pessoas vivem extasiadas numa época de um Natal que tal como o tempo não parou e fez tudo por adaptar-se a uma sociedade cada vez mais superficial.
Desliga-se o som e termina este jogo confuso e complexo da poesia... onde prima a existência sobre a essência...