Será a vida uma questão de sorte? Talvez sim, talvez não... provavelmente. Sorte essa que em parte é edificada diariamente com esforço, dedicação, trabalho e esperança na concretização dos nossos sonhos. No fundo somos nós que na maioria das situações tomamos as decisões que mais tarde ou mais cedo vão proporcionarmos os bons ou maus momentos que constituem uma prolongada película cinematografia constituída por várias cenas, alguns momentos, algumas glórias e por vezes alguns tormentos a que intitulamos de Vida.
Por vezes o filme é de fraca qualidade, vasto em efeitos especiais e pobre no argumento, actrizes cheias de silicone e actores garbosamente musculados e com aquele toque fatal que deixam de rastos uma fã irracional, tudo é artificial e nada é real, mas o filme consegue cativar milhares de espectadores que na mais pura mostra de ingenuidade batem palmas de pé fervorosamente e ainda gritam "bis" e assim se constrói um sucesso de bilheteiras e um "best seller" para mentecaptos. Mudando de sala e de plateia podemos encontrar um filme onde o argumento é a base de tudo e a mensagem que se pretende transmitir é o principal objectivo, o resto (actores, actrizes, cenários etc...) são pormenores que têm por missão tornar o argumento ainda mais interessante e embelezar o suporte racional de todo o filme, que na maioria dos casos só com alguma sorte momentânea consegue atingir o sucesso desejado. Já que para compreender este filme é preciso pensar, e por vezes reflectir.
Não só nos filmes, como nos livros, no teatro ou em qualquer outra arte, espectáculo ou momento é necessário pensar, acreditar e enfrentar o significado que a vida têm. Esporadicamente temos o factor sorte do nosso lado e conseguimos atingir rapidamente e concretamente os nossos projectos, mas quando o destino não nos proporciona o factor sorte, nós temos de ter a auto-suficiência e capacidade de ultrapassar todas as barreiras ao mesmo tempo que acreditamos que somos capazes de realizar, projectar e construir as produções da nossa imaginação...