
Deixa-me cantar o fado
Que eu quero sentir o meu corpo a teu lado
Deixa-me caminhar nas ruelas de Algés
Que eu quero confessar-me a teus pés
Deixa-me respirar o ar profundo
Que eu quero morrer no meu e no teu mundo…
Deixa-me alcançar aquela chama
Que eu quero vaguear por entre as ruelas de Alfama
Deixa-me ouvir a tua voz
Que eu quero ficar contigo a sós…
Deixa-me viver na noite escura
Que eu quero sentir a tua doce ternura
Agora lembro-me dos momentos de revolta
Da expressão nos teus olhos
Daquilo que nunca encontrei
Por tudo aquilo que já passei
Deixa-me ouvir o choro da guitarra
Que eu quero enfrentar a minha fúria com alma e garra
Nas ruelas de Lisboa beijadas pelo luar
Deixa-me acreditar no momento que há de chegar…