Avançar para o conteúdo principal

Loucos & Santos

Um velho ditado popular diz que "de medico e de louco, todos temos um pouco", a verdade é que alguns de nós têm um pouco mais de louco do que de medico e vice-versa. A quem é que nunca, pelo menos uma vez na vida, passou pela cabeça, a ideia de arriscar, de ir além do que é racional?!
Nos parâmetros de um povo de brandos costumes, o "pisar o risco" ou superar aquilo que pensávamos ser os nossos limites, muito dificilmente será "visto com bons olhos". Esporadicamente sabe bem a existência de um pouco de loucura, arriscar um pouco sabe bem e faz bem, à mente e ao físico...
Santos só existem no altar, na realidade ninguém faz milagres, quanto muito, não passam do pensamento ao acto em si de loucura, mas todos pensam em determinados momentos da passagem pelo planeta azul, em pôr um pouco "de sal e pimenta" nas suas vidas, afinal de contas uma vida insonssa, não é vivida no sentido pleno da palavra, é apenas saboreada.
Não podemos arriscar sempre, ate porque a certa altura o viver nos limites por certo, iria trazer mais dissabores do que propriamente prazer, há que saber dosear as quantidades de razão e loucura e entender e respeitar que cada pessoa tem a sua forma de estar perante a vida. Cada um escreve o seu livro, embora por vezes o destino, mude drasticamente o enredo.
De que é feita a coragem senão de medo?!

Mensagens populares deste blogue

Desordem de Palavras numa sociedade turva

O tempo passa a correr, os momentos sucedem-se, uns atrás dos outros, viaja-se entre o aeroporto da melancolia e a gare do sucesso e meia dúzia de recordações embrulhadas em papel colorido! Passamos por uma serie de fases alternando olhares por entre um jogo de diversas intensidades de luz, com base numa importância relativa... encerramos relações e abrimos a janela em busca de um vento frio, arrefece as emoções. Um raio de sol de Inverno aquece o espírito e faz com que a vontade de continuar a caminhar seja cada vez maior... Porém quando menos se espera percebemos que as palavras escritas sem sentido no passado, são os verbos do presente e os adjectivos do futuro. Abstraiu-me da realidade, fecho os olhos e sigo em frente, num eclipse da efervescência da desordem procuramos o equilíbrio numa época de instabilidades e incertezas, num trapézio sem rede entre ideias, sentimentos e pensamentos diversos, são as quimeras do dia a dia, os artefactos de uma boémia inerent

Chuva da Vida

Entre a realidade e a ficção, fecho os olhos e viajo até uma aldeola perdida nos confins dos limites do Douro, não se vê vivalma só casebres de granito num daqueles dias de chuva intensa, aquela que não dá tréguas a ninguém!Ouve-se o ladrar de um cão que ecoa por todo lado, eu continuo o meu caminho, apesar de não saber ao certo para onde vou, pela rua da Igreja é que não vou, porque eu vivo a evolução, de preferência ao som de um samba, em especial aquele que um dia esse génio da língua portuguesa, Vinicius escreveu; “ Mas que nada Sai da minha frente Que eu quero passar Pois o samba está animado O que eu quero é sambar Este samba que é misto de maracatu É samba de preto velho Samba de preto tu” . O cão não para de ladrar e o sino começa a tocar num misticismo de ruralidade de vidas que nunca foram interrogadas, apenas serenamente vividas num Olimpo ainda e sempre desconhecido. O sino continua a tocar, pancadas cada vez mais lentas, profundas e graves, num tom monocórd

Sem Destino nem Sentimento

Beijos de paixão que vão de boca em boca Palavras espalhadas na rua pelo vento, Mulher de vida louca, Sem destino nem sentimento… São diferentes realidades, Alma morta… Como um mendigo que pede esmola porta a porta, È o dolo das pseudo beldades. São corpos em movimento, Tudo é tristeza, tudo é nada… Vivem em fingimento, Deambulam na madrugada…