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Tudo tem o seu Sentido
















Quando menos esperamos, surgem os melhores momentos, seja numa tarde quente de Verão, em que ficas até ás tantas numa praia a ver o sol desaparecer no infinito, ou numa madrugada fria e chuvosa de Inverno, em que estás junto á lareira a saborear um vinho tinto envelhecido num qualquer barril de carvalho, porventura numa adega situada algures entre o Douro e o Mondego.
A vida é feita de pequenos pormenores, de pequenos prazeres e de boas conversas, de bons livros, de boas musicas, da lua e do sol e tudo tem o seu sentido mesmo quando não conseguimos descobri-lo no momento em que estamos a vive-lo.
Às vezes nem damos pelo tempo passar, noutras alturas sempre que olhamos para os ponteiros do relógio parece que nem se moveram. Porque tudo tem a sua velocidade, a sua cor e o seu interesse. O que acontece tem sempre o seu motivo, o seu porquê, o seu cheiro, a sua textura, a sua dimensão e a sua plástica. A dificuldade surge no momento em que temos de escolher um caminho, existem sempre várias hipóteses a seguir, nunca uma só, embora por vezes o nevoeiro dificulte a nossa orientação… mas mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor dificuldade vamos lá dar, no entanto, tudo tem o seu tempo, não vale a pena forçar nada, nem criar expectativas demasiado elevadas face a uma ou outra situação que á partida tenha algo que seja do nosso agrado… Há que subir um degrau de cada vez com firmeza e tendo por base uma probabilidade elevada de que, não estamos a dar um passo em falso, embora em certos e determinados momentos um recuo possa ser algo positivo, do ponto vista “melhor que pedir uma desculpa é mesmo evita-la”. No entanto há situações em que temos mesmo que errar, sendo esta a única forma de aprendizagem, independentemente da altura, do espaço e do tempo.
O mais importante é perceber, que não existe somente um caminho, existem vários, não existe apenas uma forma correcta de pensar, existem várias. Quase nunca as escolhas são lógicas ou racionais porque aquilo que é objectivo para ti pode ser (ou não) subjectivo para os outros…

Praia Verde, Tavira, Agosto 08


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